O empresário André Jordan, fundador do empreendimento Quinta do Lago, considera que o programa Allgarve é um “desperdício” por não ter uma “mensagem coerente” e não ter conseguido fidelizar público.
De acordo com André Jordan, citado pela Lusa, no âmbito da atribuição de um doutoramento honoris causa pela Universidade do Algarve, o programa "não se identifica com o público" e é desconhecido dos turistas por ter pouca divulgação.
O programa de animação turística vai na quinta edição e a sua duração foi este ano alargada para nove meses, ao longo dos quais serão realizados eventos em toda a região nas áreas da música, arte, gastronomia e desporto. "É muito disperso, não tem uma mensagem coerente e não se sabe quem é o mercado alvo do programa", considerou o empresário, frisando que, apesar de o programa "não ser mal intencionado", também "não foi bem pensado".
No entender do empresário, o Allgarve é "infelizmente um desperdício no sentido de fidelizar público", sobretudo numa região onde há poucos monumentos e museus para visitar e onde faz sentido um programa de animação "consistente". André Jordan, que depois de ter fundado a Quinta do Lago foi administrador da empresa que geria Vilamoura, é considerado o empresário que revolucionou o golfe em Portugal, transformando um desporto secundário numa indústria multimilionária.
Sobre a perspectiva que tem do golfe actualmente no Algarve, André Jordan defendeu a criação de programas de fidelização, como os que existem na hotelaria ou na aviação, que permitam vincular os jogadores. O empresário, que criou também o Belas Clube de Campo, em Sintra, lembrou que o país tem agora que enfrentar uma "imensa concorrência" que não existia há uns anos atrás, de países como Marrocos, Turquia ou a China. "Sou muito a favor de criar programas de fidelização com prémios, pontos, vantagens e descontos", explicou, sublinhando que é preciso seduzir o jogador e vinculá-lo e sugerindo a criação de um "Algarve Golfe Clube" ou "Portugal Golfe Clube".
2 comentários:
As boas ideias não caem do céu. Saem de cabeças (poucas!) bem preparadas e conhecedoras das realidades. Não podem cair em saco roto. É necessário aproveitá-las. Valem ouro. E quando se junta a capacidade de ter ideias, com a capacidade de as tornar realidade, então...é perfeito. O Algarve deve muito ao Sr. André Jordan. Ele merece o reconhecimento, e merece que continuem a dar-lhe atenção.
E tem toda a razão, é mais uma obra que fica com bastantes milhões gastos, responsabilidades... de ninguèm!
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